AS CAMPANHAS RADIOFÔNICAS (2)

Radioclip en texto sin audio grabado.

Os primeiros passos para montar uma campanha radiofônica.

Vejamos os passos a seguir para montar uma boa campanha radiofônica.

1) IDENTIFICAR O PROBLEMA

O ponto de partida para empreender uma campanha consiste em identificar o problema que queremos ajudar a resolver.

Por exemplo, no hospital público o atendimento é deficiente. Faltam leitos, faltam medicamentos, faltam médicos pontuais, falta tudo. Estamos como Juan Luis Guerra quando subiu a bilirrubina e a enfermeira não tinha anestesia nem soro nem sequer álcool.

Este é o problema que será objeto da campanha. E o que queremos conseguir? Naturalmente, que a situação mude. Que o hospital ofereça bons serviços à cidadania que procura ser atendida por ele.

Se o objeto da campanha é muito difuso, muito general, não alcançaremos nenhum resultado. Uma campanha tem que abordar um problema solucionável. E para isso, é preciso dar o seguinte passo.

2) INVESTIGAR O PROBLEMA

Por que o hospital está tão descuidado? Pode ser por falta de investimento municipal. Ou porque a administração do hospital é má. Ou por corrupção. Ou porque as pessoas não sabem exigir seus diretos e se conforma com uma atenção médica medíocre e custosa.

Temos que analisar e determinar as causas do problema porque, do contrário, vamos ficar vagando a cegas. Se não conhecemos as causas, também não poderemos alcançar as verdadeiras soluções.

Para conhecê-las, é preciso investigar. Iremos ao hospital para conversar com médicos e pacientes, com o pessoal da enfermaria, com diretores e denunciantes. Faremos entrevistas, faremos jornalismo investigativo se as causas do problema não são tão evidentes.

3) DEFINIR OS DESTINATÁRIOS

A quem afeta o problema? Quem são os responsáveis pelo mesmo? A quem dirigiremos a campanha?

Não serve uma campanha “para todo mundo”. Devemos precisar os destinatários. Por exemplo, no caso do hospital o problema tem vários aspectos a considerar. De um lado, a população tem que informar-se sobre seus diretos de receber uma atenção digna e gratuita no centro público de saúde. Estes usuários e usuárias do hospital constituem o principal destinatário da campanha. Devemos, então, conhecer que temores têm, que preconceitos, por que não reclamam como deviam reclamar.

Isto é, tomar em conta o contexto social e cultural do público a que nos dirigimos. Muitas vezes, há crenças errôneas “ancoradas” na sociedade. Por exemplo: as pessoas pensam que os hospitales públicos são pagos “pelo governo”, sem perceber que esse dinheiro provém da própria cidadania através dos impostos. Ou da seguridade social que pagamos todos os meses.

A campanha também pode questionar as autoridades municipais e o pessoal médico do hospital, responsáveis diretos pela situação.

BIBLIOGRAFÍA
Clemencia Rodríguez, Obregón Rafael, Vega Jair, Estrategias de Comnicación para el cambio social, Friedrich Ebert Stung, Colombia 2002.