AS CAMPANHAS RADIOFÔNICAS (4)

Radioclip en texto sin audio grabado.

Mais passos para desenhar e desenvolver uma boa campanha radiofônica.

Já formulamos os objetivos e as metas da campanha. Também elaboramos a estratégia de meios. Agora nos cabe implementar a campanha.

6) DETERMINAR OS CONTEÚDOS E PRODUZIR OS MATERIAIS

Agora temos que definir os conteúdos para conseguir as mudanças de atitude de nossos destinatários frente o problema colocado.

Que mensagem queremos transmitir? Que a cidadania tem direito a uma atenção de qualidade e deve exigi-la. Quem procura o hospital não está mendigando uma atenção médica. Também não tem que pagar por ela, porque o serviço público de saúde é gratuíto.

Esta mensagem central deve ser internalizada pela cidadania e também pelo pessoal de saúde do hospital, assim como pelas autoridades.

Perfeito. Agora precisamos produzir os materiais que deem forma a essa ideia central da campanha. Temos que inventar cunhas que traduzam essa mensagem de uma forma atrativa. É o momento de máxima criatividade. Em que formato vamos comunicar essa mensagem?

Sempre pensamos em cunhas. Sem problemas. Precisamos produzir cunhas para sustentar permanentemente a campanha. Podem ser cunhas dramatizadas. Ou com humor. Ou cantadas, com um jingle no final. Ou com testemunhos de vizinhas e vizinhos que foram mal atendidos no hospital. Ou interpelando as autoridades.

Quantas cunhas devemos produzir para uma boa campanha? Três ou quatro diferentes e atrativas é o suficiente.

Algo muito importante em uma cunha é o slogan, essa frase curta e de muita pegada com que costumamos fechar as cunhas ou spots. Essa frase será incluída também nos panfletos, ou nos cartazes, nos murais, nos grafites, em todos os materiais que produziremos para a campanha.

Mas, além das cunhas podemos pensar em outros espaços radiofônicos onde se trabalhe o tema da campanha: mesas redondas, debates, informações no noticiário, radioclips, reportagens…

7) TESTAR OS MATERIAIS

Não devemos confiar demais nas intuições, por mais válidas que sejam. Precisamos provar os materiais antes de lançá-los no ar. Vale mais perder um pouco de tempo antes da campanha que, depois de tanto esforço, perder a campanha inteira.

A equipo da rádio pode reunir-se com dois ou três grupos de ouvintes ou de pacientes do hospital. Fazê-los ouvir os materiais que preparamos para a campanha. Atingem o objetivo buscado ou é preciso modificá-los?

Basicamente, é preciso avaliar três aspectos:

– a mensagem é clara, compreensível? (compreensão)

– agrada, capta a atenção, é atrativa? (emoção)

– é convincente, move a mudança de comportamento? (ação)

Uma melhor avaliação dos materiais é feita com duas ou três amostras diferentes, de maneira que os participantes possam preferir uma ou outra. Se só fazemos ouvir uma cunha, certamente dirão que está bonita, que lhes agrada, porque não podem compará-las com outras. Mas se os fizer ouvir três cunhas e perguntarmos qual das três mais lhes agradou, vai ter algumas surpresas.