COMO FAÇO UM ROTEIRO DE RÁDIO?

Radioclip en texto sin audio grabado.

Não existe “um roteiro radiofônico”, mas múltiplas maneiras de fazê-lo, segundo o formato que vamos desenvolver.

Com demasiada frequência recebemos esta pergunta no consultório de RADIALISTAS: como faço um bom roteiro radiofônico?

E sempre respondemos: isso depende.

Depende do quê? Do formato que vai ser utilizado. O roteiro (ou libreto, se escrever todo o texto) se define a partir do tipo de programa que vamos realizar. Um roteiro para uma radiorevista não é a mesma coisa que um para noticiário, nada tem que ver o roteiro de uma cunha com o de uma radionovela.

Ou seja, não existe “um roteiro radiofônico”, mas múltiplas maneiras de fazê-lo, segundo o formato que vamos desenvolver. Cada formato tem seu estilo, suas pautas, seus truques.

Recordemos os três grandes GÊNEROS da produção radiofônica:

DRAMÁTICO
JORNALÍSTICO
MUSICAL


Dentro de cada gênero, estão os FORMATOS, isto é, as formas concretas com as quais fazemos um programa de rádio.

No GÊNERO DRAMÁTICO aparece um monte de formatos. Por exemplo, radioteatros, radionovelas, séries, sociodramas, esquetes cômicos, personificações, diálogos e monólogos de personagens, contos, lendas, mitos, fábulas, parábolas, relatos históricos, piadas, notícias dramatizadas,
poemas vivos, histórias de canções, radioclips…

No GÊNERO JORNALÍSTICO também temos as notas simples e ampliadas, as crônicas, esboços, boletins, entrevistas individuais e coletivas, rodas
de imprensa, repórteres e correspondentes, comentários e editoriais, debates e mesas redondas, enquetes, entrevistas de profundidade, palestras, tertúlias, reportagens…

No GÊNERO MUSICAL encontraremos tantas formas com a mesma versatilidade da música: programas de variedades, estréias, música nostálgica, programas de um só ritmo, de um só intérprete, recitais, festivais, rankings, pedidos…

As RADIOREVISTAS não são um quarto gênero, mas um “superformato” onde cabe todo tipo de recursos e formatos, sejam eles dramáticos, jornalísticos ou musicais. Por isso, costumamos chamá-las de “programas ônibus”, porque todos podem montar neles.

Então, frente a pergunta de como faço um roteiro de rádio, primeiro temos que responder primeiro a esta outra: qual formato vou empregar em meu espaço radiofônico?