VIVA OS SOCIODRAMAS!

Radioclip en texto sin audio grabado.

Um formato radiofônico tão eficaz como divertido.

Os sociodramas são fáceis de produzir e sumamente eficazes para trabalhar valores cidadãos. Na realidade, este formato entrou de fininho na casa da rádio pela janela da educação popular.

Em que consiste? Trata-se de contar uma história breve do que está ocorrendo no bairro ou na comunidade. E que é contada e gravada pelos próprios moradores. Os sociodramas costumam ser realizados fora da cabine, onde as pessoas vivem e trabalham.

Um sociodrama não exige libreto nem muito ensaio. Entre todos, se escolhe uma anedota conflitava, se distribuem os personagens, pensam um pouco nas cenas… e vamos gravar. As cortinas podem ser feitas diretamente com algum violeiro ou com alguém que repique um tambor. Igualmente, os efeitos se incorporam sobre a marcha, com os recursos que se tenha a mão. Não é preciso complicar muito a realização nem andar repetindo cenas.

O sociodrama também não exige o desfecho da história proposta. Aí está a principal diferença com outros formatos dramáticos: no sociodrama, o final fica aberto. Basta apresentar bem um conflito e encaminhá-lo a um debate posterior que pode ser gravado na própria comunidade ou ser feito depois, via telefone, com os ouvintes da emissora.

Também podemos gravar sociodramas na própria emissora, convidando os companheiros e companheiras para atuar, o chofer, a técnica, a recepcionista, o que leva as contas, a todo o pessoal da rádio. Ou nos tornamos amigos de um grupo de teatro do bairro, oferecemos uns refrigerantes e os convidamos para gravar sociodramas. Sua melhor recompensa será pôr seus nomes no final, nos créditos.

O sociodrama é um estupendo recurso para dinamizar a programação, para dar-lhe frescor. É participativo, tipicamente interativo. É fácil de fazer e de ensinar a fazer.

Em Radialistas tivemos há pouco uma videoconferência sobre sociodramas. Participaram Tachi e José Ignacio. Daqui você pode ouvi-la completa.