MARTÍN E CHEPITA, PICAPEDREIROS
No mundo, 217 milhões de crianças trabalham. A metade estão submetidos às piores formas de escravidão.
EFEITO MARTELO SOBRE PEDRA
MENINO Aiii!… Outra vez me machuquei meu dedo. Dói muito.
MENINA Enrole os dedos, si não, não podes continuar trabalhando.
CONTROL MÚSICA GUATEMALA
LOCUTORA Martín e sua prima Chepita trabalham quebrando pedras em Quetzaltenango, no lado ocidental da Guatemala.
LOCUTOR Ambos trabalham desde dos seis anos junto a seus familiares, as mais pobres, as mais excluídas.
EFEITO AMBIENTE CAMPO E GOLPE DE PEDRA
MENINO O mais difícil é partir a pedra, é muito dura. Há que bater e bater até quebrá-la.
MENINA Também o martelo pesa muito e faz muito calor. Nos cansamos.
LOCUTOR As crianças chegam de manhãzinha e se expõem ao sol forte, a umidade, a picadas de aranhas e cobras.
LOCUTORA Trabalham mais de 12 horas. É um trabalho de alto risco, quase uma escravidão.
LOCUTOR Um metro de pedra quebrada, que a chamam pedrín ou gravilha, se vende a treze dólares e se produz em cinco dias ou mais.
LOCUTORA Entre toda a família, ganham diariamente apenas dois dólares e meio.
MULHER Somos dez em minha casa. Com isso nem ganham para comer.
CONTROL RÁFAGA MUSICAL
LOCUTORA Na Guatemala, mais da metade das crianças não vão a escola ou a deixam para ir a trabalhar.
LOCUTOR No mundo, 217 milhões de crianças trabalham. A metade estão submetidos às piores formas de escravidão.
MENINO Que dizes? Há um dia mundial contra o trabalho infantil?
MENINA Sim, mas não para nós. Nós temos que trabalhar.
EFEITO GOLPES SOBRE PEDRA
LOCUTORA 12 de junho, Dia Mundial contra o trabalho infantil.
Mariusa Reyes, Niños entre piedras y pólvora.
http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/latin_america/newsid_4527000/4527986.stm