AFINANDO O OUVIDO (1)
A rádio é som. Por isso, é fundamental conhecer o ouvido e distinguir as frequências que escutamos.
Estou certo que você se lembra da aula de biologia em que lhe explicaram esse maravilhoso órgão do corpo humano que é o ouvido.
Graças a ele escutamos e temos equilíbrio. A falta do ouvido, não só nos deixaria surdos, mas também nos poria em sérias dificuldades para manter-nos de pé.
Nosso ouvido não é dos mais desenvolvidos do mundo animal. Só podemos ouvir uns determinados sons, os que se encontram entre 20 e 20 mil hertzes. Esta pequena parte do grande espectro eletromagnético é o que conhecemos como espectro audível.
Outros animais podem ouvir acima (ultrassons) ou abaixo (infrassons) desta faixa. É o que acontece quando usamos um apito para cães, que emite um ultrassom acima dos 20 quilohertzes, audível para eles, mas não para os humanos.
Esta magnitude da que estamos falando e que se mede em “hertz” se chama frequência e se define como o número de vezes que uma onda se repete em um segundo.
Dependendo da frequência, classificamos os sons em:
GRAVES (BAIXOS)
São frequências entre os 20 até os 250 Hz.
Escutar exemplo 100 Hz
MÉDIOS
Entre os 250 até os 2.000 Hz
Escutar exemplo 1.000 Hz
AGUDOS (ALTOS)
Dos 2.000 até os 20.000 Hz.
Escutar exemplo 12.000 Hz
Embora seja mentira que o ouvido possa escutar tanto. Com a idade e o maltrato, sobretudo ao ouvir música com fones de ouvido em um volume muito alto, o ouvido perde sensibilidade, sobretudo, nas frequências altas ou agudas.
Por isso, o umbral auditivo se situa entre os 16 mil ou 18 mil hertzes.
As frequências muito graves também não são audíveis, mas podemos senti-las. São essas ondas que nos chegam diretamente ao peito quando estamos em um concerto de rock, as sentimos mais que ouvimos.
Na rádio trabalhamos com som. Por isso, é fundamental conhecer o ouvido e distinguir as frequências.
Desta maneira, saberemos como equalizar bem na hora de gravar e editar. Mas isso deixamos para o próximo radioclip.