AS APOSTAS

Um indiozinho muito hábil para as apostas.

CONTROL MÚSICA DE TAMBORES.

NARRADOR Faz muito tempo os indígenas organizaram uma grande festa, assistiram índios de várias partes com suas esposas e com suas filhas. Haviam índios muito ricos, caciques montados sobre grandes cavalos com sela de prata, cinturões de prata, todinho de prata. À festa veio também um indiozinho pobre.

INDIOZINHO Aproveitarei la festa espero ganhar muito dinheiro, eu sou muito hábil para as apostas.

NARRADOR Apareceu um cacique muito rico acompanhado de sua filha, muito bonita. A roupa que usava era muito luxuosa e logicamente muito cara. O pai tinha um bonito cavalo com fino arreiamento, esporas de prata e rendas de prata. Muito agradava-lhe o cavalo ao indiozinho e também lhe agradava a filha do homem rico. O indiozinho era conhecido de todos, já que lhe agradava apostar, era muito astuto e até o momento nunca havia perdido uma aposta, o cacique aproximou-se dele e disse-lhe:

CACIQUE Desafio-te que me ganhe, apostaremos Quanto queres apostar?

INDIECITO Eu não tenho nada, só posso apostar meu trabalho.

CACIQUE Bom, está bem, eu aposto três vacas com seus bezerrinhos, se ganhar a aposta são seus, mas se perdes, deverás trabalhar de graça para mim o resto da vida, só te darei a comida.

INDIOZINHO Sim senhor, concordo, Que devo fazer?

CACIQUE Um amigo me convidou para comer em sua casa, aposto que não consegues tirar a minha comida do prato sem tocar nele com tuas mãos.

INDIOZINHO Bom, está bem, eu o farei.

NARRADOR Então o indiozinho subiu no teto da casa onde o rico ia comer e esperou que este se sentasse à mesa. Abriu um buraco no teto, sem que ninguém o visse. Serviram ao cacique um grande prato de comida e quando ia a começar comer…

CONTROL SOM DE VASILHA QUE SE ROMPE

NARRADOR Desde o teto, o indiozinho jogou-lhe uma pedra no prato. Toda a comida caiu no chão. O cacique ficou muito furioso.

CACIQUE Indio desgraçado, como terá feito isto?.

NARRADOR Mas não restou-lhe outra coisa se não que entregar as vacas com os bezerrinhos.

CACIQUE Apostarei outra vez. Te darei minhas ovelhas si conseguir tirar minha cama sem tocar em mim.

INDIOZINHO Bom, está bem, eu o farei.

NARRADOR A noite o cacique foi dormir. Então o indiozinho, seguindo seus passos, recolheu um saco cheio de formigas e subiu no telhado da casa e fez um buraco sobre ele. Quando estava o cacique a dormir, despejou todas as formigas encima da cama e todas corriam sobre o seu corpo, por todos os lados, entravam dentro de sua roupa e lhe picavam.

CONTROL GOLPE MUSICAL

NARRADOR O cacique saiu correndo como louco. Então o indiozinho saltou pelo buraco e levou a cama consigo. Ao amanhecer o cacique voltou, por que havia ido ao rio bañar-se para tirar as formigas.

INDIO Eu lhe ganhei.

CACIQUE Indio desgraçado, Como fêz isto?

NARRADOR E o cacique teve que dar-lhe suas ovelhas.

CACIQUE Apostarei outra vez. Te darei meu cavalo si consigues baixar-me do cavalo sem tocar em mim.

INDIOZINHO Bom, concordo, eu conseguirei.

NARRADOR O indiozinho saiu e se foi cortar árvores espinhosas, depois as amarrou ao robo do cavalo sem que o cacique o notasse.

CONTROL EFEITO DE RIO.

NARRADOR Nesse momento se encontravam à margem de um rio grande.

CACIQUE: Arre Arre!.

NARRADOR O cacique montou em seu cavalo e lhe cravou as esporas de prata e apenas corria o cavalo as árvores espinosas começaram a cravar no cavalo.

CONTROL EFEITO DE RELINCHO.

NARRADOR Corcoveó então, e se atirou ao rio com seu cavaleiro e para não afogar-se o cacique soltou as rédias de prata e abandonou seu cavalo, nadando para a margem. Ao cavalo se o levou a correnteza do rio.

CONTROL GOLPE MUSICAL.

NARRADOR O indiozinho lhe cobrou o preço da aposta, como o cacique não tinha cavalo para pagar-lhe, se viu obrigado por todos, a dar a mão de sua filha para em casamento ao indiozinho. Como os dois se gostavam viveram felizes por toda a vida.