AS CRIANÇAS FALAM DE SEXO

Radioclip en texto sin audio grabado.

Programas educação sexual feito pelos meninos e meninas!

O seguinte diálogo infantil é uma piada, mas esconde uma grande verdade:

Diz o menino:

—Veja, uma camisinha sobre o céspede!

Pergunta a menina:

—E que é céspede?

A verdade e que os meninos e meninas de agora sabem muito mais do que suspeitamos. E, sem dúvida, não soam receber educação sexual nem na escola nem na família. E na rádio?

Esta pergunta se a fez Élida Polanco, uma radialista apaixonada de Rádio Perola, em Caricuao, Caracas, Venezuela. Ela nos conta sua experiência de fazer programas educação sexual para meninos e meninas… feitos pelos mesmos meninos e meninas!

ÉLIDA Foi a inquietude de que há muitas gravidez precoces até nas meninas de 11, 12 anos. E até de 10. Então, fiz um projeto, o levei às escolas de Caricuao. Ia três vezes por semana a dar-lhes aulas de educação sexual a meninos e meninas. Como lhes impactou tanto às crianças, então vi a oportunidade de levá-los à rádio. E fiquei totalmente surpreendida porque eles fizeram o programa melhor que eu. Porque os meninos são tão amplos, são tão espontâneos para falar em rádio. E os programas ficaram tão espetaculares que as pessoas e começaram a chamar.

Agora tenho meninos que são fans da Rádio Perola. O combinado era que as escolas de educação primária tenha uma hora semanal na rádio para que os meninos façam programas… Os meninos falem muito de sexualidade porque seus pais têm filmes e quando os pais saem para trabalhar os meninos vêem de tudo. Os pais acreditam que os meninos não sabem de sexo. E os meninos nos podem dar lições. E mais, me deram uma lição, porque eu não conhecia o preservativo feminino e os meninos foram os que me mostraram e com eles eu conheci o preservativo feminino. E têm uma habilidade muito grande para explicar seus partes, para explicar toda a higiene… Se fala da menstruação, qual é o lugar mais perigoso para que um menino seja abusado sexualmente, que é seu própria casa. Estes programas estão impactando não somente à comunidade, aos meninos, aos professores que ficam surpreendidos porque o professor venezolano não está capacitado para dar educação sexual.

E meninos que tinham condutas de agressão sexual para com as meninas, tiveram uma mudança de comportamento no emocional, perderam essa agressividade, agora são mais receptivos, fazem mais perguntas. Já não têm tanto essa fixação que têm o menino pelo sexo. Eles fazem muitas perguntas, porque o menino quer saber muito de sexo. Têm uma inquietação muito grande e por isso é muito importante que as mãe aprendam para que as possam responder e não seja outra pessoa que lhe tergiverse as coisas e lhe diga disparates. Eles falam já muito tranquilos da masturbação, falam muito tranquilos de tudo. Eu recomendo por isso a pais, às mães, aos docentes, que façam oficinas de educação sexual. Dá muito bons resultados.