COPYLEFT

Livre reprodução, difusão e distribuição do conhecimento.

Aos quatro ventos nos contaram o conto de que tudo se compra e se vende. Que tudo tem dono. Que nada se presenteia. São tempos, dizem, de livre mercado.

Até as idéias devem ser de propriedade privada. Mas não de seus autores, si não das grandes corporações e transnacionais que compram os direitos autorais.

Escritoras e cantores, artistas e programadores de software, terminam vendendo seu trabalho ao melhor postor e recebendo por ele uma miséria.

Mas os tempos mudam e, por sorte, não todos nem todas se acreditão no conto. O conhecimento é hoje, mais que nunca, de domínio público. Internet se converteu na ferramenta de socialização número um.

Na Web tudo ou quase tudo existe, e é o melhor veículo para socializar o conhecimento. Na aldeia global não se esconde nada.

Os direitos autorais já não se reservam. A nova tendência gira da direita (copyright) à esquerda (copyleft). Agora os direitos são compartilhados.

Em muitos documentos já aparece este ícone em vez do conhecido © (que significa direitos reservados) .

O copyleft é uma nova licença de publicação de conteúdos. Por exemplo, se realizas uma produção de rádio podes publicá-la em tua página Web sob esta modalidade.

Isto não significa que quem a descarrega possa apropriar-se dela, tirar-lhe a cola final e passá-la como um trabalho seu. Isso não. Mas sim pode reproduzi-lo, distribuí-lo e difundi-lo sem restrição, sem pedir licença e sem custo algum, desde que cite a fonte e a autoria.

Si presta bem a atenção, as produções de RADIALISTAS estão nesta modalidade. Sob esta nova licença pública, solidária e livre encontram-se também muitos documentos na Web.

Desta forma, todas e todos ganhamos. Para os usuários é mais fácil conseguir materiais, e os autores garantam que seu trabalho chegue a um público muito maior.

Esta nova filosofia foi inspirada por Richard Stallman, quem pôs em funcionamento o projeto GNU, origem do Linux atual.

Em 2001 fundou-se a organização Creative Commons com o propósito de desenvolver licenças para criativos e criativas que queiram publicar suas obras sem limitar os direitos de cépia e distribução.

Estas leis foram recolhidas em algumas legislações, como é o caso da espanhola. Também na Espanha constituiu-se a Fundação Copyleft com o objetivo de potenciar e afiançar a cultura copyleft.

Em cada canto do planeta aparecem iniciativas como estas que contribuem a demonstrar que a cidadania, cada vez mais, tem acesso livre ao conhecimento.

E colorim colorado, este conto… está publicado sob licença copyleft. Pode ser distribuído sem licença. (Agradecemos citar a fonte!).