LATINOAMÉRICA

Radioclip en texto sin audio grabado.

Latinoamérica, última produção de Calle 13.

Depois de ouvir Latinoamérica de Calle 13, não resistimos a tentação de enviar-lhes a letra e a música e o vídeo.

Esta banda musical de Porto Rico, encabeçada por René Pérez Joglar, o Residente, é hoje o grito de toda a juventude latino-americana. Uma juventude que está na luta. Uma juventude que lembra aos donos do poder, aos banqueiros, aos entreguistas de sempre, que não podem comprar o vento nem o sol. Que não podem comprar nossa alegria nem nossas dores. Que nossa terra não se vende.

Entrem e vejam o vídeo na página de Calle 13: http://lacalle13.com

Desfrutem a canção… e toquem com vontade em suas emissoras!

Equipe RADIALISTAS

CALLE TREZE Sou, sou o que deixaram

Sou toda a sobra do que roubaram

um povo escondido lá encima

minha pele é de couro

por isso aguenta qualquer clima.

Sou uma fábrica de fumo

mão-de-obra campesina para teu consumo

frente fria no meio do verão

o amor nos tempos do cólera, meu irmão.

O sol que nasce e o dia que morre

com os melhores entardeceres

sou o desenvolvimento em carne viva

um discurso político sem saliva.

Sou um rosto bonito conhecido

sou a fotografia de um desaparecido

o sangue dentro de tuas veias

sou um pedaço de terra que vale a pena.

Uma cesta de feijões

sou Maradona contra Inglaterra

marcando dois golaços

sou o que sustenta minha bandeira

a espinha dorsal do planeta é minha cordilheira.

Sou o que me ensinou meu pai

o que não ama sua pátria

não ama sua mãe

sou América Latina

um povo sem pernas mas que caminha.

Você não pode comprar o vento,

você não pode comprar o sol

você não pode comprar a chuva,

você não pode comprar o calor

você não pode comprar as nuvens,

você não pode comprar as cores

você não pode comprar minha alegria,

você não pode comprar minhas dores.

Tenho os lagos, tenho os rios

tenho meus dentes pra quando sorrio

A neve que maquia minhas montanhas

Tenho o sol que me seca e a chuva que me banha.

Um deserto embriagado com peyote

Um trago de pulque para cantar com os coiotes

Tudo o que preciso

Tenho os meus pulmões respirando azul clarinho.

A altura que sufoca

Sou as moelas de minha boca mascando coca

O outono com suas folhas desmaiadas

os versos escritos sob a noite estrelada.

Uma vinha repleta de uvas

Um canavial sob o sol em Cuba

Sou o mar Caribe que vigia as casinhas

Fazendo rituais de água benta.

O vento que penteia meu cabelo

Sou todos os santos que levo pendurados no pescoço

O suco da minha luta não é artificial

Por que o adubo da minha terra é natural.

CORO

Você não pode comprar o vento,

você não pode comprar o sol

você não pode comprar a chuva,

você não pode comprar o calor

você não pode comprar as nuvens,

você não pode comprar as cores

você não pode comprar minha alegria,

você não pode comprar minhas dores.

Você não pode comprar o vento

Você não pode comprar o sol

Você não pode comprar chuva

Você não pode comprar o calor

Você não pode comprar as nuvens

Você não pode comprar as cores

Você não pode comprar minha felicidade

Você não pode comprar minha tristeza.

Você não pode comprar o sol.

Você não pode comprar a chuva.

(Vamos desenhando o caminho,

vamos caminhando)

Não pode comprar minha vida.

Minha terra não se vende.

Trabalho duro mas com orgulho

aqui se partilha, o meu é o teu

este povo não se afoga com marolas

e se cai, eu o reconstruo.

Também não pisco quando te olho

Para que te lembre do meu nome

A operação condor invadindo meu berço

perdoo mas nunca esqueço.

Vamos caminhando

Aqui se respira luta

Vamos caminhando

Eu canto porque se escuta.

Vamos desenhando o caminho

Estamos de pé

vamos caminhando

Aqui estamos de pé.