LEIS RADIOFÔNICAS DE MURPHY (1)
Nada é tão ruim que não possa ficar pior.
Esta fatalidade da vida cotidiana, sistematizada por um tal Murphy, aplica-se também à vida radiofônica.
Decifrando as implacáveis leis da má sorte, um diretor astuto ou uma diretora perspicaz poderão melhorar a gestão de sua emissora.
Longe de cinismos ou pessimismos, estas normas se inscrevem no universo do senso comum. E no verso do bom humor.
Sorria hoje, senhor diretor. Amanhã as coisas estarão piores.
Quando parecer que as coisas vão melhorando na rádio, deve estar esquecendo algo.
Quanto menos trabalho produz uma organização, mais frequentemente se reorganiza.
Diga não. Depois, negocie.
Confie em todos, mas tenha uma só chave.
A ligação do cliente que você está esperando, soará no momento em que você tiver cruzado a porta da emissora.
Uma inesperada entrada de dinheiro na emissora chegará acompanhada de um gasto inesperado pela mesma quantidade.
O locutor ideal aparece um dia depois de preenchermos a vaga.
A opulência na decoração do escritório principal varia inversamente com a solvência da emissora.
Se um problema origina muitas reuniões, finalmente estas serão mais importantes que o problema.
O cliente que paga menos é o que se queixa mais.
Quando um novo cliente bate à porta, você estará com os fones de ouvido.
Se os fatos estão contra você, invoque a lei.
Se a lei está contra você, insista nos fatos.
Se os fatos e a lei estão contra você, grite como desesperado.
As pessoas que vivem mais próximas da emissora chegam mais tarde às reuniões.
O trabalho em equipe é essencial. Permite culpar o outro.
Por fantástico que seja o sucesso de tua rádio ou por desastroso que seja seu fracasso, há milhões de chineses aos quais isso não lhes importa nem um pouco.