UM MENINO GRANDE
O final do conto de Jairo Aníbal.
Foi pintor, ator, diretor de teatro, titereiro e dramaturgo. Escreveu poesia, novelas, roteiros de cinema. Foi professor universitário. Dirigiu a Biblioteca Nacional da Colômbia. O que não fez o colombiano Jairo Aníbal? Mas sua debilidade foi a literatura infantil.
Se foi em 30 de agosto passado, quase cumprindo os 70 anos de infância. Por essas felizes coincidências, o colega Fernando López Forero, que estudou com ele, nos trouxe a Radialistas um lindo testemunho de Jairo Aníbal intitulado “O milagre da memória”, suas lembranças no ventre materno.
Agora está no ventre da terra. E recordamos quando uma vez lhe perguntaram “O que é a despedida, Jairo Aníbal?”. O menino grande que sempre foi, respondeu assim:
que é um lenço
que é o coração
e a distância.
A despedida é uma mão
que é um lenço
que é uma mão
no coração
da distância.