28- DEUS ESTÁ DO NOSSO LADO
Amanheceu chovendo sobre a Galiléia. As nuvens negras avançavam desde o Líbano e cobriam a planície de Esdrelom. Como flechas de fogo, os raios cruzavam o céu e estalavam nas copas das palmeiras. Eram as tempestades de verão… Trancados em nossas casas, e tapando as goteiras do teto, esperávamos o final daquele interminável dilúvio…
A manhã toda esteve chovendo. A terra empapada não podia beber mais água. Mas as nuvens arrebentavam cada vez com mais fúria…
Um homem: Maldição! É granizo! Chuva de granizo!
Era meio dia quando parou de chover. As gaivotas saíram de seus esconderijos e voltaram a voejar sobre o lago que agora tinha a cor de cinza…Nós pescadores fomos depressa sacudir as velas molhadas de nossas barcas e esticar as redes que gotejavam água. Ao sair, escutamos um rumor de vozes estridentes no campo… As mulheres corriam aloucadamente, chorando e arrancando os cabelos. Os homens iam atrás, com a cabeça encurvada, silenciosos…
Homem: O que aconteceu? Por que as mulheres estão chorando?… Quem morreu?
Uma mulher: O trigo! O trigo morreu!
Os camponeses saiam de suas casas correndo para os campos onde tinham suas roças. A chuva de granizo havia destroçado o trigo que estava a ponto de colher. As espigas quase maduras estavam agora partidas no chão, maceradas pela violência da tempestade!
Mulher: Morreu o trigo! Morreu o trigo!
Outra mulher: Não haverá pão este ano para os pobres!
Cafarnaum inteira saiu a chorar o trigo perdido como se fosse um filho morto. Os artesãos, os mercadores, os pescadores do lago e até as prostitutas da rua dos jasmins, fomos todos às plantações lamentar-nos com os camponeses. Se eles não colhiam o trigo, ninguém comeria pão…
Um homem: Maldito aguaceiro! O que vai ser de nós agora?
Uma mulher: Vamos passar fome outra vez e de novo bater à porta dos agiotas e sair pelos caminhos pedindo esmola!
Outro homem: E vender a alma para o diabo para ver se ele nos dá quatro cêntimos por ela!
Pedro, Tiago, Jesus e eu íamos juntos no meio daquela gritaria, chapinhando entre as espigas destroçadas… Pouco a pouco fomos nos afastando da cidade. Os camponeses subiam pela colina das Sete Fontes. Daquela altura podia-se ver todo o campo inundado, confundido com o lago Tiberíades…
Uma mulher: Ai, vizinha, mas que pecado cometemos para merecer esta desgraça?
Outra mulher: Tem que ser muitos pecados juntos, comadre, porque quando não é o granizo é a seca, e quando não, o aumento dos impostos ou uma das crianças que fica doente em casa… Final da história, nós sempre perdemos!
Um homem: Olhem só, olhem meu trabalho de todos esses meses… tudo perdido, tudo arruinado… maldição, e nem sequer esta terra é minha para poder enterrar-me nela!
Uma velha: Morreu o trigo, e morremos nós também… Caramba, por que Deus não faz nada?…
Outro homem: Deus? Pra que falar em Deus agora?… Deixe que ele fique tranqüilo lá em cima pois deve ter muito trabalho contando as estrelas… Deus não se lembra de nós!
Mulher: Paciência, patrício! Que outro remédio nos resta?
Homem: Paciência, sim, mas amanhã quando minhas crianças começarem a chorar pedindo um pão, o que vou dizer a elas, que comam paciência?!
Velha: Assim é a vida, meu filho. Para nós pobres não há mais que isso: abaixar a cabeça e agüentar o que vier…
Homem: Pois eu não agüento mais, faz tempo que levo a vida agüentando, me entende? Um ano e outro e outro mais e é sempre a mesma coisa… Até quando querem que eu agüente, até quando…?
Jesus: Ei, patrícios, olhem lá para cima!… Levantem a cabeça, olhem!
Naquele momento apareceu no céu, num esbajamento de cores, o arco-iris… Jesus foi o primeiro a vê-lo…
Jesus: Olhem o arco de Deus!… É o sinal da paz, depois do dilúvio!
Mulher: Deixe de histórias, forasteiro!… No céu pode haver paz, mas aqui na terra, há fome e onde há fome, há maldição e pranto!
Jesus: Não, mulher, acabou-se a chuva e acabaram-se também as lágrimas. O que vamos resolver chorando e arrancando os cabelos?
Velha: E que outra coisa podemos fazer, heim? Tínhamos pouco, agora não temos nada. Só nos restam dois olhos para chorar!
Jesus: Não, vovó, nos restam os olhos para ver o Messias!
Homem: O que você disse? O Messias? Rá! E onde está esse senhorito tão escondido que nunca mostra os bigodes? O Messias!… Ele que se apresse em vir, porque do jeito que as coisas vão indo não haverá ninguém para recebê-lo…
Jesus: Mas ele chegará, sim, ele chegará logo!… Olhem o arco, patrícios, Deus vem descendo por ele!… Nossa libertação já se aproxima!
As pessoas foram se juntando ao nosso redor. Jesus estava ao meu lado, com os pés descalços afundados na lama e a barba pingando as últimas gotas de chuva… Lá em cima, atravessando o ar lavado, o arco-íris unia o céu com a terra…
Jesus: Vizinhos, escutem-me!… A chuva foi forte. Choveu de noite e de manhã e parecia que o dilúvio não ia terminar nunca. Foi isso mesmo que Noé pensou depois de quarenta dias suportando o aguaceiro. Mas acabou saindo da arca. Era isso que acreditavam nossos avós no Egito, depois de quatrocentos anos suportando o chicote dos capatazes. Mas passaram pelo Mar Vermelho e saíram livres. Nós também já estamos há quatrocentos anos agüentando e baixando a cabeça. Os faraós de sempre nos mantém esmagados como estas espigas de trigo. Nos moeram. Nos trituraram, fizeram farinha de nós e o pão foram eles que comeram. Mas isso acabou, patrícios. Deus já não espera mais! E nós, muito menos!
Homem: Escutem só o que esse sujeito está dizendo!… Ei, você, seu juízo amoleceu com tanta água, ou o quê?
Jesus: Vizinhos: Apesar do que aconteceu, apesar do trigo perdido, podemos nos alegrar!
Velha: Mas, você está maluco, rapaz? De que demônios vamos nos alegrar se perdemos tudo e se ficamos com uma mão na frente e outra atrás?
Jesus: Temos Deus, vovó, nos resta Deus. E Deus está do nosso lado! Deus deu de presente o seu Reino para nós, compreende? Para nós, os mortos de fome, os derrotados, os perdedores, para nós!
Cada vez se apertava mais gente para ouvir Jesus. As mulheres pararam de chorar e torceram os vestidos ensopados de água e lama. Os homens meneavam a cabeça, desconfiados e zombeteiros, mas também se aproximavam para escutar…
Jesus: Sim, de fato podemos nos alegrar! Felizes nós os pobres, porque nosso é o Reino de Deus!
Um velho apoiou o queixo em seu bastão com ar triste…
Velho: Me parece que você está gozando da gente, rapaz. Ser pobre é uma desgraça, não uma felicidade. Quem entra num velório para felicitar o morto?
Jesus: Mas, velho, escute-me. Deus não o felicita por ser pobre, mas porque você vai deixar de sê-lo. Você e todos nós. Começa um mundo novo! Chegou o Reino de Deus! Para nós que choramos vendo nossos filhos magros e doentes, para nós que inundamos a terra com nossas lágrimas… para nós será a Alegria de Deus! Agora temos fome. Mas quando chegar o dia da nossa Libertação, a ninguém faltará o trigo e o vinho. Logo comeremos e beberemos no Reino de Deus, logo mesmo!… para nós famintos, a justiça de Deus!
Mulher: “Logo, logo”… Quando será isso?… Lá no céu? Na outra vida, quando já tenhamos morrido de fome nesta?
Jesus: Não, patrícia, na outra vida não fará falta o pão nem as lentilhas. Isto é para agora, para aqui embaixo!… É o Reino de Deus que chega à terra!…
Jesus se agachou e pegou do chão uns torrões molhados… Seus olhos brilhavam como se tivesse nas mãos um tesouro….
Jesus: Esta terra será nossa!… Para os humildes é a herança de Deus, a terra, o trigo e o vinho!
Velha: Você pode dizer o que quiser, meu filho, mas eu tenho oitenta anos, e ainda estou para ver uma rã criar pêlos e um pobre ganhar de um rico.
Jesus: Nós veremos, vovó, com esses mesmos olhos, nós veremos! Tenha confiança. Felizes os que têm olhos limpos para ver a chegada do Reino de Deus na terra!
Alguns homens se puseram de cócoras para escutar melhor. O sol começava a aparecer entre as nuvens e se refletia nas poças d’água que a tempestade havia deixado sobre o solo… Apesar do trigo morto, pareceu-nos que nem tudo estava perdido…
Jesus: O Messias vem para nivelar a terra. Nem colinas nem barrancos. Ninguém em cima, ninguém em baixo. Todos iguais. Todos irmãos. Que a nenhum homem lhe sobre e que a ninguém lhe falte… Felizes os que repartem o que têm com seus irmãos: Deus repartirá seu Reino com eles!
Mulher: É isso que eu sempre tenho dito, que se fôssemos menos mesquinhos, todos poderíamos viver tranqüilos, sem tanta aflição, caramba! O problema é esse grupinho que pensa que o mundo é só para eles, e assim, estamos como estamos, brigando por quatro espigas de trigo e eles com o celeiro repleto. Você acha isso direito, forasteiro, diga-me?
Jesus: Por isso nunca há paz, nem poderá haver enquanto não se abrirem as portas de todos os celeiros para que ninguém passe necessidade. Há muitos que falam de paz, e enchem a boca com belas palavras, mas com suas mãos roubam e matam. Falam de paz, mas são filhos da guerra! Não, a esses não! Deus felicita os verdadeiros artesãos da paz, os que trabalham pela justiça. Esses são os filhos de Deus!
Todos: Muito bem! Muito bem!…
Jesus: Os ricos são cegos. O cego não pode ver as cores do arco-íris e eles tampouco vêem o nosso sofrimento. Não querem vê-lo. Ambiciosos!!… Eles sim é que vão arruinar-se quando chegar o momento. Eles logo irão dar gritos, os mesmos gritos que nós damos agora. Agora eles riem, mas bem depressa irão chorar, sim, chorar e gritar quando Deus lhes esvaziar os baús, quando o Messias lhes arrancar a roupa e os anéis e os deixar sem pão e sem dinheiro para comprá-lo, igual ao que fizeram com os seus empregados… Sim, patrícios, as coisas vão mudar e os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
Todos: Muito bem, é assim que se fala!…
João: Jesus, tome cuidado. Há muita gente aqui. Sempre aparece um delator. Depois vão dizer que estávamos agitando e…
Jesus: Que digam o que quiserem, João. Vizinhos! Quando os grandes nos odiarem, quando nos perseguirem de povoado em povoado e nos arrastarem diante dos tribunais…. alegrem-se também! Foi sempre isso que aconteceu com aqueles que reclamaram por justiça. Assim perseguiram Elias e todos os profetas. E por isso o profeta João está agora no cárcere. Mas não importa. Deus felicita os que falam claro e arriscam sua vida para defender a dos outros. Sim, amigos, é preciso gritar no descampado para que essas palavras sejam ouvidas também pelos camponeses de Coroazim e pelos artesãos de Betsaida e pelos pescadores de Tiberíades e pelas prostitutas de Magdala. Para que esta notícia corra como uma lebre solta pelo vale e todos a ouçam, desde a fonte de Dan até a terra seca de Bercheba. Deus se pôs do nosso lado. Deus está conosco, os pobres, e luta ao nosso lado!
Tudo isso disse Jesus na colina das Sete Fontes, a que olha para o lago, perto de Cafarnaum.
*Comentários*
O texto das bem-aventuranças – um dos mais conhecidos e usados de todo o evangelho – condensa como nenhum outro o essencial da pregação e da atividade de Jesus: o anúncio da boa notícia aos pobres. As bem-aventuranças não são uma coleção de normas de conduta (“devemos” ser pobres, “devemos” ser misericordiosos…). São uma alegre notícia, que têm por destinatários os pobres, os oprimidos, os que sempre perdem. No relato, para ressaltar esse aspecto de boa notícia – bem concreta – e evitar que as bem-aventuranças se reduzam a um discurso moralizante e abstrato, Jesus as pronuncia numa situação bem concreta de desesperança e de dor: quando os camponeses de Cafarnaum perderam toda a sua colheita.
O chamado “monte das bem-aventuranças”, ou “colina das sete fontes” está situado a uns três quilômetros de Cafarnaum. Embora seja de pouca altura – uns 100 metros – do seu cimo se abarca todo o lago da Galiléia, numa vista realmente formosa. Em 1937 construiu-se ali a igreja das bem-aventuranças, com oito lados, recordando as oito bem-aventuranças, que cita o texto do evangelho de Mateus.
Em demasiadas ocasiões, as bem-aventuranças foram usadas como uma fórmula de consolo. Os que choram, os famintos, não devem se desesperar. Deus secará suas lágrimas, acalmará sua fome, os fará felizes… no mais além. Embora na terra tudo seja sombrio para eles, depois da morte sua sorte mudará. Essa adulteração do evangelho parte da falsa interpretação de que o Reino de Deus que Jesus anunciou aos pobres é equivalente ao reino “dos céus” no sentido de uma promessa para a outra vida. Mas o evangelho é uma mensagem histórica. Se Jesus chama de felizes os pobres, se diz para eles se alegrarem, é porque vão deixar de sê-lo, porque chegará o reino da justiça aqui na terra. As bem-aventuranças são um anúncio de que Deus intervém já: proclama-se uma esperança que porá em marcha uma mudança da história em favor dos oprimidos. O evangelho não é uma forma de resignação ou de consolo para os desgraçados, mas um dinamizador de compromissos, uma chamada a “levantar a cabeça porque a libertação se aproxima”(Lc 21,28).
Em vez de dizer: “Felizes vocês os pobres”, Jesus diz: “Felizes nós os pobres”. “Nós que choramos, nós que temos fome…”. Jesus foi pobre, tão pobre, tão oprimido como seus vizinhos de Cafarnaum a quem proclamou as bem-aventuranças. Isso é esquecido com demasiada facilidade. E se faz de Jesus uma espécie de mestre religioso que se “faz pobre”, se disfarça de pobre para que os pobres o entendam melhor. O faz por apostolado, como sinal de condescendência divina com os miseráveis. Ao pensar assim, falseamos não uma parte, mas a essência mesma do evangelho. E desvirtuamos o projeto de Deus, que quis revelar-se de forma definitiva em um camponês pobre de Nazaré, e que até o dia de hoje se revela na vida e nas lutas dos pobres.
Também se especulou muito sobre quem são os pobres aos quais se referem as bem-aventuranças. E se falou talvez em excesso dos “pobres de espírito”. O texto de Lucas diz: felizes os pobres. O de Mateus: Os pobres de espírito. (Em outras traduções: os que sabem ser pobres, os que escolhem ser pobres). Seguramente a tradição de Lucas é mais primitiva. Os pobres aos quais se dirige Jesus são os que realmente não têm nada, os que têm fome, os que não comem. E esse “espírito” que mais tarde acrescentou Mateus está na linha das fórmulas dos profetas do Antigo Testamento, que falam com freqüência do “espírito humilde”, do “espírito abatido” dos “anawim” (pobres). Esta palavra – anawim – chave nos textos bíblicos, é o equivalente de: desgraçados, oprimidos, indefesos, desesperançados, homens e mulheres que sabem que estão à mercê de Deus, porque são rechaçados pelos poderosos. Lucas acentua do pobre o aspecto da opressão exterior, Mateus o aspecto de necessidade interior (sempre típico dos que padecem opressão exterior). Mateus e Lucas escreveram para públicos diferentes. A Igreja à qual se dirige Lucas estava composta majoritariamente por homens oprimidos dentro da poderosa estrutura do império romano: escravos, habitantes das cidades nas quais existiam enormes diferenças sociais, explorados por duras condições de vida… Mateus escreve para uma Igreja judaica, que tinha ainda a tentação do farisaísmo: consideram bons os “decentes”, os que cumpriam as leis morais, etc. Seus “pobres de espírito” são os imorais, os pecadores, os de má fama… Apesar de toda essa diferença de matiz, Lucas e Mateus deixam bem claro o sentido profético das palavras de Jesus: Deus presenteia seu Reino para os pobres do mundo.
Embora Mateus recolha oito bem-aventuranças – Lucas só quatro (com seus correspondentes “ais” contra os ricos) – não se deve entender os textos como um catálogo que apresenta diferentes tipos de pessoas. Tanto em um como em outro evangelista, trata-se de um modo de falar de uma só realidade: “Feliz o pobre”. Assim se resumem todas as bem-aventuranças. Todas podem ser reduzidas a uma única fórmula. Feliz o pobre porque Deus se põe do seu lado e vai deixar de sê-lo. E não feliz porque se “porta bem”, mas porque “é pobre”. Sua situação de oprimido e explorado é que ganha a simpatia de Deus. Deus não prefere o pobre porque seja “bom”, mas porque é pobre. Esta mensagem de Jesus é absolutamente revolucionária: Além de dizer que a norma moral como critério da benevolência de Deus não conta para nada, anuncia de que lado está Deus no conflito histórico: do lado dos de baixo.
O significado de “pobreza” pode ser equívoco. A pobreza como situação de opressão, é na Bíblia, um estado escandaloso que vai contra a vida e portanto, contra a vontade de Deus. A pobreza deve ser rechaçada, combatida, eliminada. Não é uma fatalidade, é a conseqüência do abuso de alguns homens sobre outros. Diante dessa pobreza, a atitude cristã não pode ser outra que a do próprio Deus: rechaço desta situação, opção pelos pobres. Uma opção que não se esgota na simples denúncia, nas palavras de condenação. As antigas leis mosaicas não ficavam em palavras. Eram leis sociais que tratavam precisamente de evitar a pobreza e de defender o pobre. Toda tentativa de combater a pobreza, de suprimi-la, é, pois, um passo que faz avançar o Reino de Deus, embora muitos dos que assim atuem não creiam nem em Deus nem em Jesus. A pobreza não deve ser apresentada, então, como um ideal cristão. Escolher a pobreza – nas atuais situações de injustiça que padecem nossos países – é um gesto cristão unicamente quando é solidariedade com os pobres para lutar contra a pobreza. Numa outra ordem de coisas estaria a pobreza entendida como “infância” diante de Deus: atitude de não orgulho, de não poder, de não ambição. Esta pobreza-infância está numa linha também bíblica de interpretar a pobreza. Embora seja evidente que uma pessoa que acumule riquezas e privilégios às custas de seus irmãos jamais poderá ser um pobre neste sentido se não se despojar antes de seu dinheiro e de seu poder.
(Mateus 5, 1-12; Lucas 6, 20-26)