MAGIA DIGITAL (3)
Uso e abuso dos efeitos técnicos.
Nos radioclips anteriores vimos alguns dos efeitos técnicos mais comuns.
Mas, como usá-los? Há alguma fórmula que indique a quantidade de efeitos a serem usados em uma produção de 30 segundos? Existem regras que falem da intensidade dos efeitos para cada caso?
Infelizmente, não. Mas como para tudo na vida, o melhor é nos guiarmos pelo senso comum que, como dizem, é o menos comum dos sentidos.
O mal do Plugin.
Se quiser ver um sorriso de felicidade na cara de um técnico de rádio, dê de presente a ele um CD com os últimos plugins de efeitos. É como ter um tesouro nas mãos.
Em seguida instalarão no computador e começarão a experimentar todos. Provavelmente, o primeiro áudio que editarem depois do experimento, será uma demonstração exagerada da quantidade de efeitos novos que possuem, Uma mistureba de “reverbs”, “delays” e “flangers” que deixarão a audiência elétrica se perguntando: Que diabos foi isso?
Na variedade não está o bom gosto.
Como já vimos, cada efeito tem uma função. Por isso, se usarmos mais de dois ou três efeitos em cada áudio, este ficará saturado e só conseguiremos confundir a audiência.
Não se deve pecar por excesso.
O efeito destaca, situa, conota algo. Se o usarmos durante toda a produção, se perderá o sentido, não dirá nada, não vamos surpreender, não haverá utilidade na cena.
Lembre-se que o importante em qualquer mensagem radiofônica é o conteúdo. Se pelo excesso de efeitos impedirmos que se entenda a locutora ou não se escutar bem o locutor, não estaremos alcançando nosso objetivo que é comunicar.
Por isso, do que é bom, pouco.
Os efeitos têm que ser pinceladas, cintilações de cor que realçam o quadro. Refinados toques que adornem a pintura, que ornamentem, mas que não alterem o sentido.
Pinte com bom senso. Não lambuze o áudio com detalhes fosforescentes que ceguem o ouvinte e que deixem cegos os ouvidos.
Ser sutil na aplicação dos efeitos técnicos é garantia de sucesso.
E agora… Vamos praticar tudo isso!
Para qualquer dúvida você sabe que pode perguntar no Consultório Técnico.