Outro ponto de vista…
Acostume-se a pensar a partir dos interesses dos demais.
NARRADORA Dizem que uma vez, havia um cego sentado em um parque, com um gorro a seus pés e um cartaz escrito com giz branco que dizia:
CEGO Por favor, ajudem-me. Sou cego.
NARRADORA Um publicitário criativo que passava frente a ele se deteve e observou umas poucas moedas em seu gorro.
PUBLICITÁRIO Pelo que vejo, não anda com sorte…
NARRADORA Sem pedir permissão ao cego, tomou o cartaz e o virou. Com o giz escreveu outro anúncio, o voltou a por aos pés do cego e se foi.
CONTROLE TRANSIÇÃO
PUBLICITÁRIO Boa tarde…
NARRADORA Pela tarde, o criativo voltou a passar na frente do cego que pedia esmola. Agora seu gorro estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu sua voz…
CEGO Ei, o senhor, não se vá…
PUBLICITÁRIO Sim, diga-me…
CEGO Uma pergunta: foi o senhor que mudou o meu cartaz?
PUBLICITÁRIO Sim, fui eu.
CEGO E… e o que foi que escreveu?
PUBLICITÁRIO Pois veja, amigo, escrevi o mesmo que o primeiro cartaz… mas com outras palavras.
NARRADORA O criativo sorriu e continuou seu caminho. No novo cartaz dizia: ESTAMOS NA PRIMAVERA E EU NÃO POSSO VÊ-LA.
CONTROLE MÚSICA EMOTIVA
LOCUTOR Moral da história: acostume-se a pensar a partir do ponto de vista dos demais, não do teu.