QUE QUERO DIZER? (2)

Radioclip en texto sin audio grabado.

Defina o tema e o público antes de escrever teu comentário.

No radioclip anterior vimos a importância de comentar o que ocorre em nosso país e no mundo. Uma rádio sem opinão editorial é como uma fruta sem semente. Pode ser saborosa, mas não será fecunda.

Agora bem, antes de escrever o editorial, antes de sentarnos frente ao computador, devemos responder duas perguntas básicas:

QUE QUERO DIZER?

Não basta selecionar o tema, porque um mesmo tema pode ser enfocado de diversos ângulos.

Por exemplo, vamos comentar sobre o aborto. Que quero dizer sobre o aborto? Aprová-lo ou condená-lo são posições muito gerais. Concretizemos o objetivo. Pode se mostrar as consequências psicológicas na mulher. Ou alegar por sua despenalização. Ou apresentá-lo como um problema de saúde pública. Ou relacioná-lo com uma indispensável educação sexual.

Faça o esforço de formular numa frase breve a idéia que queres comunicar a tua audiência. A idéia. Não “as idéias”. Uma só idéia. Não trates de abarcar muito porque apertarás pouco.

Una idea central. De esta manera, toda tu energía, tu capacidad de convicción, estará dirigida a ese objetivo.

A QUEM ME DIRIJO?

Não basta conhecer nosso perfil de ouvintes (adultos ou jovens, mulheres ou homens, classes A, B, C, D). Não é suficiente. Temos que preguntar-nos: a quem queremos convencer com este editorial?

No exemplo do aborto, a quem nos dirigimos prioritariamente, às mulheres que abortam, aos religiosos que as condenam, aos juristas que se desentendem, aos médicos inescrupulosos?

Desde logo, nos dirigimos à “opinião pública”. Mas ao interior dessa opinião pública devemos selecionar um rosto específico, um interlocutor preferencial. Com muita frequência, esse rosto será o de quem não compartilha nossas idéias, opositores ou indecisos. Porque não editorializamos para convencer aos convencidos, se não para somar mais gente às causas cidadãs que acreditamos justas.

Isto implica pensar todo o comentário desde os argumentos (ou prejuízos) daqueles e daquelas a quem queremos convencer.

A ESCREVER SE DISSE!

Precisado o tema e o público, chega o momento criativo, o da redação. Existe alguma técnica, algum truque para enfrentar o papel em branco? Pois sim. Mas o veremos no próximo radioclip.