UMA LINHA EDITORIAL (1)

Radioclip en texto sin audio grabado.

Um meio de comunicação com responsabilidade social, uma emissora que mereça esse nome, expressará seus puntos de vista sobre o que está acontecendo no país e no mundo.

Dizem que não há pior opinião que o silêncio. E é verdade. Quem cala, outorga mais poder a quem já o detém.

Um meio de comunicação com responsabilidade social, uma emissora que mereça esse nome, expressará seus puntos de vista sobre o que está acontecendo no país e no mundo. Não basta informar. Não basta armar um noticiário com os fatos mais relevantes do momento. Há que tomar posição sobre esses fatos.

Os editoriais, sejam diários ou frequentes, resultam um formato particularmente apto para cumprir com esta ineludível tarefa jornalística.

Sem dúvida, em muitas emissoras chamadas alternativas, comunitárias ou educativas, não se editorializa. Por que?

É certo que redigir um bom comentário de 3 minutos pode dar mais trabalho que animar uma revista de 3 horas. Supõe informação permanente, dados verificados, muita leitura prévia, jeito para escrever. Não é fácil encontrar comentaristas para a rádio. Mas é preciso procurá-los.

Outras vezes, não é porque faltam plumas, se não porque sobram medos. Opinar é um risco. Sempre és mais cômodo ver os touros desde a barreira, arena.

Também abandonamos los editoriais por uma falsa comprensão da educação popular. Dizemos que éramos pedreiros, que nossa missão não era desenhar a casa, se não doar os ladrilhos para que a audiência forme sua própria opinião. Isto é uma grande verdade, mas a pela metade.

Quem melhor situado e documentado que os chefes de imprensa, os diretores dos meios, para analizar a realidade? Nos apresentam a ALCA como a grande maravilha para ativar nossas economias. E nos ocultam o truque dos subsídios agrícolas e outras chantagens neoliberais. Nos apresentam o Iran como uma ameaça nuclear e nada dizem dos Estados Unidos, o país que armazena mais ojivas nucleares no planeta e o único país que as lançou sobre população civil.

O temor a “impor” nossos pontos de vista não nos exime de “propô-los”. Pedreiros, sim. Mas também arquiteos do pensamento. Criadores de opinião.

Deixemos a pressa, o medo e as falsas concepções educativas. Há que meter as mãos na massa. Como radialistas, devemos ter posição sobre os fatos, não somente informá-los.

Num próximo clip dedicaremos a aprender como se faz um bom editorial.